quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Antes tarde do que nunca

Esse é um post tardio. Eu iria escrevê-lo a aproximadamente um mês atrás. Entretanto, como já foi dito anteriormente, a Globo.com restringiu o acesso os blogs hospedados por eles e quase acabei deixando o assunto morrer. Mas cá estou ressuscitando esse assunto que me deixou um pouco indignado. É sobre justiça. Lembram-se dO Promotor que matou outro rapaz dando 14 tiros nele e em seu amigo e depois alegou legítima defesa? Foi absolvido pelo seu companheiro de jurisprudência, O Juiz. Thales Schoedl, desde o ano de 2004, quando o crime foi cometido, continuou recebendo seu salário e atuando como promotor pela modesta quantia de 10 mil por mês... que aumentou pra 18 mil no meio do caminho, afinal, o facínora foi promovido. Enquanto isso, aqueles três rapazes humildes, acusados pelo assassinato de uma moça em Guarulhos, imersos em um processo extremamente controverso e onde há suspeita de terem confessado sob tortura, foram condenados pelo júri popular e vão passar bons anos na cadeia. Engraçado quando jogam a responsabilidade pro júri popular. Afinal, é melhor que o zé da feira ou o mané da padaria resolva se o réu é culpado ou inocente, do que o juiz que estudou anos e passou por difíceis e concorridos concursos (vamos fingir que é assim que acontece) para chegar ao seu posto de sacerdote da justiça.


Eis a nossa querida e cegueta minerva no Paint.

Mas não era só isso que me indignava no mês passado. Havia também um comercial televisivo, onde os brilhantes publicitários de criação de uma determinada agência não conseguiram conjugar corretamente o verbo abduzir para o filme de uma marca de cerveja que não vou citar o nome porque não quero dar dinheiro fazendo propaganda gratuita para quem produz um líquido que se parece com xixi e que faz as pessoas causarem acidentes de trânsito e atormentarem os sóbrios com seu bafo e seu papo extremamente desinteressante e nenhum revisor teve coragem de dizer que o texto estava errado e desagradaria todo e qualquer fã de Arquivo X de plantão . Wow. Me senti o Saramago agora pela falta de pontuação.


E aí vai mais um desenho no Paint para ilustrar o inexplicável.

3 comentários:

  1. ah, depois do comercial que a moça sorrindo dizia: MENAS de duas calorias, eu não estranho mais nada... hauhauhauuaua

    e nosso sistema judiciário e lamentável mesmo! ainda bem que alguns percebem isso! ah, brasil, brasileiro!

    beijos e bom dia!

    ah, sim... vc é a "gente nova"... rs!

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  2. Acho que o comercial consegue me causar mais impacto do que o caso de ligítima defesa escroto.

    Bju!

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  3. Não sei porque, mas esse caso do promotor me causa incomodo desde que ele foi noticiado nos sangrentos jornais da nossa querida televisão brasileira. Talvez porque eu já imaginasse que essa história toda terminaria com o playboy Thales sendo inocentado por um amigo magistrado também vindo de berços quentes e aconchegantes.
    É ridículo como funciona o sistema de proteção dentro dos meios judiciais. E o pior de tudo, não vi tal notícia sendo soprada aos ventos pelos telejornais brasileiros. Algo muito estranho acontece, talvez esse seja um caso sobrenatural a ser investigado pelos agentes Scully e Molder.
    O tal comercial da cerveja não me incomoda tanto, como disse Zandali, depois do menas nada mais me assusta.

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