quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Pequena crônica do tucanato.


Sexta-feira. Véspera de feriado. A chuva torrencial acompanhada de uma tempestade de raios, relâmpagos e trovões derruba árvores e a energia elétrica na repartição pública. Com certeza a cidade já está alagando. O relógio marca 14h e os funcionários ainda estão retornando do almoço. Servidores públicos já tem uma péssima fama de não trabalharem, mas sem luz e telefone, fica difícil não fazer jus. O dia vai passando e a energia não retorna. Por volta das 16h30, alguns funcionários vão procurar a chefona da repartição para pedir dispensa para não ficarem até as 18h no escuro. A chefe, indicada política para cargo de confiança, já tinha passado quatro anos neste cargo. Passadas as eleições, posse de novo governador e novo secretário, ela soube os egos certos os quais tinha que massagear, os sacos certos os quais tinha que puxar e os pintos certos os quais tinha que chupar. Ficou mais quatro anos. Disse que a nova gestão seria diferente. Mas ao ser procurada pelos seus funcionários que buscam uma luz na escuridão, desaparece. Sim, a chefona zarpa. Abandona o barco. Vai embora e não dispensa ninguém. Os funcionários públicos têm que ficar até as 18h cumprindo o expediente no escuro porque a máquina de ponto possui gerador. Pois é. A nova gestão começa mal. Chefe que é chefe... é escroto.

5 comentários:

  1. Depois nós somos ditadores.
    Isonomia nesse lugar é só para um lado.

    ResponderExcluir
  2. Pois é. Todo chefe é escroto, mas nem todo escroto é chefe. Hehehehe

    Essa de puxar os sacos certos e mamar as bengas certas para mais quatro anos é de velha. Ele será promovida de puxa-saco para lustra-bago. Hehehehe

    ResponderExcluir
  3. Quem sabe, faz.
    Quem não sabe, é chefe!

    ResponderExcluir