terça-feira, 13 de abril de 2010

Tudo ao mesmo tempo agora.


Finita a euforia o BBB voltamos à rotina. A rotina é o cotidiano. Mas o cotidiano não precisa ser necessariamente rotina.

Muitas vezes flagrei-me e a outros tentando definir a arte. O brainstorm leva a muitas definições excludentes do comercial, do cotidiano, do popular... mas o fato é que a arte pode ser comercial, cotidiana e popular. Na minha opinião, não só pode como deve.

A arte deve ser comercial, afinal, deve ser pra alguém e deve dar algum retorno para o artista, senão não possui valor moral.

A arte é um ponto de vista. O que eu acho que é arte, então o é. E ninguém pode chegar a me dizer que não é. Assim como não posso dizer a outrém que sua concepção do que é e do que não é está errada.

Na minha opinião, no meu ponto de vista, no meu do que é e do que não é, a arte não difere do cotidiano, mas consiste em um olhar diferenciado sobre ele. Uma fagulha que faz com que ele deixe de ser rotina e passe a ser um momento mágico, ainda que simplesmente estético.

Mas aí voltamos ao mundo. O ano das tragédias. As catástrofes naturais não param. Na esfera moral, o Papa acusado de absolver sacerdotes pedófilos, Rick Martin assumindo sua homossexualidade. Como se ninguém soubesse que Vossa Santidade e o ex-menudo teriam se entendido muito bem lá dentro da sacristia.

Aí vem alguém e diz: "Pare o mundo que eu quero descer", pois essa frase entrou na moda. E é dita por pessoas que detestam Raul Seixas, nem sabem que a frase é de uma música dele, e repetem a frase porque ela deve estar em seu nickname do msn ou espaço de auto-ajuda do perfil do orkut.

E aí vem um cara querendo ser presidente, reclamando do outro presidente, e enquanto morre o presidente na Polônia, o daqui parte pra campanha para que sua sucessora vença o outro. O outro fala mal de um, o um fala mal de outro. O governo do outro é um lixo, mas as promessas de continuidade e renovação parecem não entrar em conflito. Discurso barato financiado com o dinheiro do povo. Discurso barato que custa caro. Aos cofres públicos e ao futuro de uma nação. À dignidade.

E enquanto dizem que veio um Zé Povinho do povão e virou o líder da nação, os doutores se mordem de inveja pois estudaram tanto e chegaram a lugar nenhum. Pobreza é estado de espírito. Zé Povinho não precisa vir do povo, assim como canalhas não precisam vir da elite.

E o mundo não para de girar...

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