quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Crepúsculo


Agora pouco assisti o novo clássico adolescente do cinema chamado Crepúsculo.

Para mim, até hoje, o melhor filme de vampiros é Entrevista com o Vampiro, baseado nas histórias de Anne Rice. Também me agrada Drácula de Bram Stoker, tanto o filme quanto o livro. E uma coisa interessante é ver que esse ser místico, sombrio, e envolto em névoas e mistérios, possui diferenças se bipolarizarmos em Anne Rice e Bram Stoker.

Os vampiros de Anne Rice mantém suas personalidades e caráter que tinham quando ainda eram mortais. Se o cara era um humano canalha, se torna um vampiro canalha. Se era um humano legal, se torna um vampiro legal. E se esses vampiros saem ao sol, pegam fogo e viram cinzas na hora.

Já os vampiros de Bram Stoker viram demônios e perdem toda sua humanidade ao se tornarem seres imortais bebedores de sangue. Se esquecem de quem eram. Mas esses não torram no sol, apenas ficam mais fracos à luz do dia.

Quentin Tarantino misturou essas vertentes quando filmou Um Drink no Inferno. Seus vampiros perdiam a humanidade, assim como os de Bram Stoker, mas torravam à luz do dia, tal qual Anne Rice.

Mas os vampiros de Crepúsculo se superaram. Ficam purpurinados à luz do sol. É verdade. Não estou brincando. Debaixo de raios ultra-violeta eles simplesmente brilham em dourado, como se estivessem cheios de purpurina. Enfim, nada contra... mas Crepúsculo é muito gay. E gays são as cenas do amor platônico entre o vampiro Edward e a mocinha humana do filme. Parece uma amizade entre uma menina e seu amigo gay. Repito, nada contra... só que eles eram pra ser um casal.

E por falar no vampiro Edward... que atuação ridícula. De doer. Faz tempo que não vejo um ator tão ruim no cinema. O cara faz papel de um vampiro de 100 anos em um corpo de 17 e com a mentalidade de 8 anos de idade. O vampiro fica choramingando o filme inteiro. Fica até difícil de sacar qual é a dele, tal a monstruosidade (no mal sentido) da interpretação.

Bom, como isto é apenas um resumo sem revisão escrito logo após o término do filme, vou apenas concluir falando da trilha sonora, que é simplesmente lastimável. Músicas de mal gosto e inadequadas às cenas levam o espectador a uma compreensão completamente equivocada do que eles querem passar. Sei que é muita arrogância da minha parte querer achar que eles queriam dizer algo e não conseguiram... mas ... era pra eles serem um casal hétero e... aquelas cenas, com aquelas musiquinhas... davam a entender que eles não eram.

Enfim... vou parar por aqui antes que me chamem de homofóbico, o que não é o meu caso. Homo, hétero ou bi, o filme peca. Peca pelo horror do roteiro, pelo horror da interpretação, pelo horror da produção e pelo horror de se tornar adorado por uma legião de adolescentes.

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